Homo-libero 2.

Homo-libero 2.

(7 de setembro)


Você!

Sabe qual a sua história?
Sua origem,
A sua memória?

Não?

Tu não Sabes o que é  luta?
Disputa.

Sentir a carne ardendo como carvão,
Nas memórias da revolução,
Da revolta,
Da transformação...

É urgente desenterrar a história,
Páginas vermelhas de sangue na fé da glória,
Negra letrada na ciência da euforia...
Crespuda na raça e em cada fio de cabelo...

É preciso rasgar palavras,
Desenterrar acções,
Curar corações,
Perdoar traições
Ensinar gerações...

Trazer a casa a história,
Escrita, oral e gesticulada,

Respirar as clausulas assinadas,
As almas sacrificadas,
As vidas decipadas,
As cabeças decaptadas.

 Nacionalismo verdadeiro.

É preciso replantar no cérebro.

Emoções sentidas no asfalto da Zâmbia,
Perfumes misturados,
Olhares partilhados,
Mãos apertados.

É urgente ressuscitar
 7 de setembro,
Sem acordos,
Sem guerra,
Sem ódio,
Sem terra,
Sem pódio...

Heróis tombados nas cinzas do mbuzine,
Batalhas do Guazamutine...

Recuar 74,
Parar o tempo,
Elevar o templo,
Descrever nova página.

Deixada a branco nos acordos de Lusaka.

Liberdade.
Total.

De santos Daniel Manuel.

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